Como todo mundo já andou dizendo por aí, 2008 foi um ano
bem atípico. O meu, mais do que nunca, foi resumido a colégio. E a vestibular. Mas nem por isso deixou de ser bom, ou melhor dizendo: o melhor ano da minha vida.
Fiquei um tempo pensando se tinha sido melhor do que 2006 que, até o presente momento, tinha sido o mais gratificante e cheguei à conclusão que sim, foi bem melhor, apesar de tudo.
Último ano de colégio todo mundo sabe como é, qual a sensação que causa. Dentro da sala, foi clima ruim o ano inteiro, as diferenças se acentuaram ainda mais, mas isso não nos impediu de dizer que no ano de 2008 se formava mais uma família no Colégio Santo Agostinho. E também nunca me senti tão querida por professores, que já me deixavam com saudades mesmo antes do ano letivo ter acabado e que me tratavam não como uma aluna, mas como uma amiga ou uma filha
[isso me rendeu pontos de graça em matemática]. Pequenos gestos realmente sempre fizeram a diferença pra mim.
O fim do ano chegou, e os grandes acontecimentos começaram a acontecer atropeladamente (?): provas da UFRJ, separadas pelos meus 18 anos, prova final de matemática
[precisava de 6!], colação de grau, festa de formatura, minha melhor amiga na minha casa durante 4 dias. Acho que não precisei de mais nada.
À meia noite do dia 31 de dezembro, eu chorei. Um choro de uma felicidade infeliz e de medo. Felicidade infeliz pois tive que transformar a minha realidade feliz em passado feliz. E medo do que possa vir a acontecer, em relação a tudo. O que é bem normal, cá entre nós. Mas isso é um defeito meu: não consigo ser positivista o tempo inteiro, o que acaba por alimentar esse medo dentro de mim.
Como não se pode parar o relógio, o que resta é lutar para que esse ano seja ainda melhor do que seu antecedente e que isso valha para os seus sucessores também. Enquanto isso, uma parte de mim sofre pelo dia 7 (ou 8?)(OU 28? AAAAH). É o que eu sempre digo: não é só peru que morre de véspera.
"Hoping for the best..."
[e não me atrevo a terminar a frase]